Gerúndio!

O poeta Ferreira Gullar observou certa vez: “A crase não foi feita para humilhar ninguém”. E o gerúndio muito menos. Herdado do latim, essa forma clássica da língua portuguesa é usada por todos os falantes do idioma de Camões. A começar pelo próprio. O sufixo “ando” está no início do poema mais famoso do nosso idioma, Os Lusíadas: “Cantando espalharei por toda parte”.

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Fonte: Rev. Veja, André Petry, ed. 2032.

Veja mais em:   https://brasiliano.wordpress.com/2008/06/30/gerundismo-nonada/

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O QUE NÃO SABEMOS DA NOSSA LÍNGUA?

Marcos Bagno

Dia desses, uma das minhas assinantes no Facebook me perguntou o que nós, brasileiros em geral, não sabemos sobre a nossa língua. Respondi, brevemente, mas acho que valeria a pena discorrer um pouco mais a respeito do tema. É que, de fato, a ignorância geral quando o assunto é língua deixa qualquer especialista na área de cabelo em pé. Já avançamos tanto em outros campos da vida social, política, cultural. Já abandonamos tantos mitos e superstições que prejudicavam o bom convívio em sociedade, mas quando se trata das línguas em geral e da nossa em particular ainda vivemos em plena Idade Média.

Treze anos atrás, publiquei um livrinho chamado Preconceito linguístico: o que é, como se faz, que hoje está em sua 53a edição. Ele se tornou uma espécie de “leitura obrigatória” nos cursos de Letras, Pedagogia e mesmo em Jornalismo. Ali eu descrevo o que chamo de “mitologia do preconceito linguístico”. Depois de todos esses anos, se tivesse de escrever o livro de novo, teria de fazer exatamente como fiz em 1999. Talvez acrescentasse agora essa ideia do que não sabemos da nossa língua.

Não sabemos, por exemplo, que o português brasileiro é uma língua plena, em todos os sentidos da palavra, diferente do português europeu. Diferente. Nem melhor nem pior, porque não existe hierarquia entre as línguas. Todas se equivalem, todas são perfeitas para a manutenção da coesão social dos povos que as falam. Depois de meio milênio de implantação do português quinhentista em terras brasileiras, é claro que a língua passou por mudanças inevitáveis e adquiriu caráter próprio. Temos uma gramática só nossa. Uma gramática que, aliás, surpreende os estudiosos do mundo todo por causa das característica únicas que o português brasileiro apresenta no conjunto das línguas românicas, isto é, das línguas derivadas do latim.

Um exemplo simples: o português brasileiro é a única língua da família que eliminou completamente (na fala) os pronomes oblíquos “o”, “a”, “os”, “as”. Quando alguém nos pergunta: “Você comprou o livro que indiquei?”, nós respondemos, simplesmente: “Comprei”. Em qualquer outra língua da família (italiano, francês, espanhol, galego, sardo, catalão etc.), se a pessoa vai responder usando o verbo, usará obrigatoriamente o oblíquo, respondendo algo como: “Sim, eu o comprei”. Nós, porém, dispensamos o pronome. A única língua que fazia isso era… o latim! Em latim não existiam pronomes de 3a pessoa, nem retos nem oblíquos. Os falantes do latim “clássico” respondiam somente com o verbo. Como e por que demos essa volta completa e fechamos o ciclo das mudanças retornando precisamente a um uso da língua-mãe? Esse é o tipo de curiosidade que deveríamos ter sobre nossa língua, em vez de ficar perdendo tempo com asneiras como se é certo ou errado dizer “presidenta”. Isso é o que a escola deveria ensinar, e não perder tempo com coisas que não existem, como a suposta diferença entre “adjunto adnominal” e “complemento nominal”, que eu mesmo até hoje não entendi (talvez porque não exista).

Outra coisa fundamental seria divulgar e ensinar que o português brasileiro é a 3a língua mais falada no Ocidente (atenção: no Ocidente, não no mundo), depois do espanhol e do inglês. E com a projeção internacional do Brasil hoje no cenário mundial, é uma língua que atrai cada vez mais atenção e interesse. Só a nossa “grande” mídia escrota continua a achar que brasileiro fala tudo errado e que só em Portugal se fala certo. Idade Média total!

Reprodução integral do texto de Marcos Bagno. Fonte: http://marcosbagno.org/2013/08/13/o-que-nao-sabemos-da-nossa-lingua/ – Grifo nosso.

LÍNGUA BRASILEIRA

Cristovão Tezza

Que o português do Brasil é diferente do português de Portugal, sabemos todos.  Se por escrito não são tantas diferenças assim, basta ouvir um português falando que já nos sentimos estrangeiros: Ora pois, diremos, é outra língua! Mas, no mundo dos padrões, são diferenças já oficializadas via gramática e dicionários. O que merece atenção especial, entretanto, é a própria diversidade brasileira, que parece ter ganho fôlego de alguns anos para cá. É mais ou menos como se o brasileiro passasse de repente a invadir a sua própria terra com a sua própria voz – e o resultado, é claro, desagrada. Esse é um terreno pantanoso, difícil de se focar com racionalidade.

Como de gramático e louco todo mundo tem um pouco – e como as pessoas que escrevem bem já têm por natureza um habeas corpus para dizer o que querem sobre a língua, a lingüística, isto é, a ciência que estuda as línguas (basicamente tentando responder à questão: “Como  funcionam?”) parece não existir. Se há uma área em que o chamado “senso comum” ganha foros de ciência, essa área é a da linguagem. Se alguém dissesse hoje sobre medicina ou astronomia o equivalente ao que se diz por aí sobre a língua, já estaríamos todos mortos pelas ventosas medievais e o Sol giraria poderoso e indiscutível em volta da Terra. “Brasileiro não sabe falar”, “a língua portuguesa está acabando”, etc. – em geral são afirmações apocalípticas, imbuídas de um certo ímpeto lingüístico-punitivo, que ao mesmo tempo que confere autoridade ao falante (aquele chato que sabe duas regras de crase e sai por aí, furibundo, catando milho nos jornais), esmaga os outros pelo que eles têm de fundamental: a linguagem. E quando aparece alguém dizendo que é preciso pensar a questão da língua brasileira de outro modo, imediatamente sacam do bolso a acusação mortal: “Ah, então vale tudo agora? Vamos todos escrever errado, cada um faz o que quer, a língua é essa esculhambação?” Não, não é uma resposta de bar, ao calor da cerveja – já ouvi grandes escritores, de cujas obras aliás sou leitor devoto, dizendo exatamente a mesma coisa.

Antes de mais nada, é bom rever aquele feijão-com-arroz inicial de quem quer pensar a língua. Um bom roteiro seria, primeiro, separar língua de escrita, que são realidades sociais profundamente diferentes (embora, para o leigo, pareçam a mesma coisa) e que na vida real cumprem papéis bastante distintos. O segundo ponto é perceber que toda língua é de fato um conjunto imenso de variedades gramaticais; do ponto de vista histórico, o assombroso é o esforço de unidade, e não a diáspora dessas variedades, que tem sido a regra universal desde Babel. E a terceira escala desta viagem é o conceito de língua padrão – justamente aquela variedade especial, de prestígio, que o senso comum tende a confundir com a própria idéia de “língua”, substituindo ou ignorando ou suprimindo a belíssima massa verbal viva, cotidiana, das milhares de gramáticas do nosso dia-a-dia, que lhe dão consistência, alimento e vitalidade. A língua padrão (em seu sentido principal) é uma construção de artifício, vinculada à representação gráfica da linguagem, historicamente determinada e realimentada sempre pelas instâncias de poder político, religioso, social e cultural. Não há nada de mau ou errado nisso – por exemplo, a língua padrão é, em todas as sociedades complexas, praticamente o único meio pelo qual entramos na perspectiva da História, no mundo das leis e dos regulamentos e na riqueza do patrimônio cultural. A questão central a guardar aqui é que esse padrão não é “sagrado”; por ser uma construção da cultura e da vontade política, ele se transforma e se renova ao longo do tempo. Ele não é “a língua” – é a sua cristalização formal momentânea.

Por que hoje no Brasil se fala tanto que “o português corre perigo”? Há muitas explicações para esse mito, desde a idéia de que a língua de Carlos Drummond de Andrade está ameaçada pela placa de hot-dog da esquina (o que gerou até um inacreditável projeto de lei para proibir estrangeirismos), até a constatação de que houve uma “decadência do ensino”. O medo do hot-dog é, perdão, ridículo – o choque dos empréstimos lingüísticos é traço inerente a toda língua e sinal de sua riqueza, não de sua decadência; um breve olhar pela história do português já nos informa que atravessamos os séculos devorando estrangeirismos (tupi or not tupi!). Quanto ao ensino, aí sim, chegamos a outro ponto, mas em outra perspectiva. O ensino era “maravilhoso” quando se destinava a uma parcela pequena da sociedade brasileira, seus 30% urbanizados e letrados da classe-média que cresceu até os fins dos anos 1960. Mas nos últimos 40 anos processou-se uma ampliação significativa do alcance escolar ao mesmo tempo em que se consolidou a mudança do espaço urbano brasileiro, cuja população suplantou a rural – e nesse processo, a “língua brasileira” mostrou a cara, quase que subitamente. O padrão elitizado que se mantinha apenas numa faixa da população não encontrou vontade política para se universalizar junto com a escola que se expandia. Ao mesmo tempo, a ampla mobilidade social e geográfica do povo brasileiro, aliada ao crescimento das comunicações de massa trouxe à tona, agressiva, esta língua subterrânea que, até então, só entrava nos salões devidamente paramentada por Guimarães Rosa ou confinada no exótico da chamada “cultura popular” ou “caipira”.

Em outras palavras, a língua brasileira, hoje, está à solta. E é claro que essa presença viva – como ocorreu e ocorre em todas as línguas do mundo, em todas as épocas de forte mudança social e interpenetração de linguagens – provoca modificações nas formas do padrão normativo. Algumas dessas modificações são iluminadas fortemente, e portanto encontram mais resistência – o controle sobre o verbo haver, por exemplo (até hoje o “tinha uma pedra no meio do caminho” é “inaceitável”, por incrível que pareça) – e outras passam debaixo da porta, porque os letrados não não as reconhecem como “erro” (o mundo rico e vago das regências, por exemplo, como “implicar em”, ou o corte das preposições nas orações relativas – “tenho medo que ele faça isso”). A riqueza do imperativo duplo brasileiro (diga isso / diz isso, vem / venha), que se criou no longo processo de reorganização do nosso sistema verbal pelo advento do “você” assumindo o lugar do “tu”, é considerado “erro” por uma visão tacanha (e, esta sim, ignorante) da língua; e muitos manuais insistem, por exemplo, na distinção “este/esse”, praticamente desaparecida da vida real da linguagem, falada ou escrita. Mas há esperança: o melhor documento sobre o padrão real brasileiro hoje está justamente no seu maior dicionário, o Houaiss, que, em seus exemplos, tem o ouvido muito mais atento às marcas da mudança da língua brasileira que as gramáticas escolares que andam por aí.

O caminho da assimilação de formas novas, no padrão escrito, é sempre lento. Não precisamos ter medo delas: o padrão brasileiro é de uma incrível vitalidade. Língua nenhuma tem “proprietários”, mas uma certa faixa escolar de letrados imagina-se, indignada, brandindo uma imaginária escritura passada em cartório, dona da língua. Numa coisa eles estão certos: o padrão escrito é, de fato, uma construção política, e portanto depende de controle; o que é preciso saber, agora, é que ele muda e que ele deve ser, em última instância, a expressão de seus usuários. Já está mais do que na hora de pensar em uma gramática normativa brasileira que, sem perder de vista o seu eixo histórico, abrisse algumas portas mais generosas à realidade lingüística que se escancara em torno. Seria muito bom se o padrão das gramáticas normativas se aproximasse mais do padrão real dos nossos bons escritores e jornalistas, que, mesmo quando não sabem disso, estão transformando a língua todos os dias. Não, não é que agora “vale tudo” – na criação da língua padrão, como na velha sabedoria, só “vale o escrito”.

Publicado em “Leituras Compartilhadas”, revista de (in)formação para agentes de leitura (ano 6, fascículo 19; p. 13-15), publicação de Leia Brasil – Organização Não Governamental de Promoção da Leitura – http://www.leiabrasil.org.br

Reprodução integral do texto de Cristovão Tezza. Fonte: http://www.cristovaotezza.com.br/textos/palestras/p_linguabrasileira.htm

PORTUGUÊS OU BRASILEIRO? NÃO EIS A QUESTÃO

Por Marcos Bagno

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O ato social, cultural e político de nomear uma língua é um processo muito mais complexo e conflituoso do que a maioria das pessoas imagina. Antes de tudo, justamente por ser um ato político, ele escapa alegremente do domínio restrito dos especialistas em linguística e exige uma abordagem sócio-histórica bem embasada. E quando aplicamos essa abordagem às diferentes situações sociolinguísticas do mundo, encontramos, no mínimo, duas tipologias bem distintas: (1) línguas iguais com nomes diferentes e (2) línguas diferentes com nomes iguais.

Para ilustrar o tipo (1), vamos examinar o caso do híndi e do urdu. O urdu é a língua oficial do Paquistão. Como língua falada, o urdu é praticamente indistinguível do híndi, língua oficial mais importante da Índia. A diferença entre as duas línguas está no fato de que o urdu é utilizado como língua escrita por falantes muçulmanos e se escreve numa forma ligeiramente adaptada do alfabeto persa que, por sua vez, é uma variante do alfabeto árabe. O híndi, por sua vez, se escreve no alfabeto devanágari, originalmente empregado para o sânscrito, e é utilizado pelos falantes de religião hindu. A rivalidade histórica entre Paquistão e Índia, que gerou guerras sanguinárias entre os dois países, junto com a divisão religiosa, é o que explica a atribuição de nomes diferentes a um único sistema linguístico.

A situação das línguas da Índia e do Paquistão se reproduz em certa medida na antiga Iugoslávia. Depois da sangrenta divisão da antiga confederação socialista em diferentes pequenos Estados independentes, a língua que sempre se chamou servo-croata recebeu três nomes distintos: sérvio, croata e bósnio. As diferenças entre o sérvio e o croata sempre se restingiram à escrita: os croatas, católicos romanos, empregam o alfabeto latino; os sérvios, católicos ortodoxos, empregam o alfabeto cirílico; os bósnios, muçulmanos, empregam tanto o alfabeto latino quanto o cirílico. Com a criação dos Estados independentes da Croácia e da Bósnia, a língua, que para os linguistas é um sistema único com variedades locais que não impedem a intercompreensão dos falantes, passou a ser designada com nomes distintos, nomes de países, de nações.

A situação se inverte no tipo (2) e fica clara quando analisamos o caso da chamada “língua árabe”. Por razões de natureza religiosa, o que os falantes de “árabe” chamam de “árabe” é a língua na forma como ela se encontrava quando o profeta Maomé redigiu o livro sagrado do Islã, o Corão, no século VII. Essa língua, também chamada de “árabe clássico”, é uma língua morta, não é falada por ninguém como idioma materno, está restrita à literatura religiosa. Nos diferentes países chamados “árabes”, existem formas de falar tão diferentes entre si quanto, por exemplo, o português e o italiano, sem possibilidades de intercompreensão entre seus falantes, e não poderia ser de outra maneira. É uma ilusão ideológica achar que num território imenso, que vai do extremo ocidental da África até a fronteira do Iraque com o Irã, passando por todo o Oriente Médio, se fala uma só e única “língua árabe”.

No entanto, essa ilusão ideológica é sustentada pela própria cultura “árabe” tradicional, já que na maioria dos 22 países “árabes” o sistema educacional se dedica exclusivamente ao ensino do “árabe clássico” e de sua forma mais modernizada, o “árabe-padrão”, enquanto que os chamados “dialetos” particulares falados nos diferentes países não recebem apoio institucional nem são valorizados, embora sejam as verdadeiras línguas maternas nacionais. É inconcebível que 300 milhões de pessoas, distribuídas por um território tão dilatado, falem uma mesma e única língua “árabe”.

O caso do português também entra nessa segunda situação, ou seja, línguas diferentes do ponto de vista estrutural e dos usos (fonológico, morfossintático, semântico, pragmático etc.), mas que recebem o mesmo nome. Já sabemos que o nome das línguas não depende das opiniões dos especialistas. No caso do Brasil, ocorreu, na década de 1930, uma tentativa de designar a nossa língua majoritária como “brasileiro”, mas o projeto de lei que previa essa designação se afogou no meio do turbilhão político que acabou por instituir o Estado Novo e a ditadura de Getúlio Vargas.

Uma análise racional pode partir da seguinte pergunta: por que, 500 anos depois do desmoronamento do Império Romano, a bibliografia especializada já reconhece a existência de “línguas” como o francês, o castelhano e o português, mas não reconhece, 500 anos depois da expansão marítima portuguesa, a existência de diversas “línguas” derivadas do português quinhentista? Por que a mesma porção de tempo vale para uma classificação (línguas românicas: francês, espanhol, português etc.) mas não vale para outra (“variedades” do português)?

As pesquisas linguísticas empreendidas no Brasil têm demonstrado amplamente que o português europeu e o português brasileiro já são duas línguas diferentes, tanto do ponto de vista estrutural (fonológico, morfossintático, semântico), quanto do ponto de vista pragmático, discursivo etc. Seja qual for o nome que se dê a cada uma dessas línguas, o importante é reconhecer sua diferença e, principalmente, reconhecer que o português brasileiro é uma língua plena, autônoma, um sistema linguístico perfeitamente regrado e que nada tem de inferior a língua nenhuma do mundo, muito menos ao português europeu. Pelo contrário, o português brasileiro apresenta características únicas, que atraem a atenção dos linguistas estrangeiros, intrigados com esses fenômenos estruturais que isolam a nossa língua dentro do conjunto geral das línguas românicas.

A designação da nossa língua como português ou brasileiro depende única e exclusivamente de continuarmos ou não amedrontados por um fantasma colonial que teima em assustar ideologicamente aqueles que ainda consideram o povo brasileiro uma “mistura de raças” e, por isso, um povo incapaz de ter sua língua própria.

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Reprodução integral do texto de Marcos Bagno (10/06/2013). Fonte: http://e-proinfo.mec.gov.br/eproinfo/blog/preconceito/portugues-ou-brasileiro-nao-eis-a-questao.html

Papa pede perdão por não saber falar “brasileiro” em SP

 24/07/2013 13h30

O papa Francisco pediu desculpas ao público que assistiu à missa do lado de fora da basílica de Aparecida, onde 6 mil cadeiras foram colocadas no estacionamento. O motivo do pedido de perdão, segundo o pontífice, é por não falar “brasileiro”.

“Irmãos e irmãs, eu não falo brasileiro. Me perdoem, vou falar em espanhol. Muito obrigado de coração por estar aqui”, disse Francisco ao iniciar sua benção ao público na tribuna.
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